
Os estados de alma do ténis americano
15-09-2010 17:12A ausência, desde à quinze dias, de jogadores americanos no top 10 depois de passados 37 anos, lançou uma vaga de inquietação nos Estados-Unidos. Os irmãos McEnroe resolveram colaborar na resolução de um problema com tendência a agravar-se. Quando já se conheceu a opulência e a grandeza, é muito difícil ajustar-se aos novos tempos. A euforia dos tempos de André Agassi, Peter Sampras, Jim Courrier ou Michael Chang que coabitavam no topo da pirâmede já passou.
A hegemonia insolente de Roger Federer durante muitos anos, e a chegada de Rafael Nadal que parece ser para ficar longos anos está a ferir o orgulho norte-americano. Os media não cessam de clamar o naufrágio do ténis americano, com nenhum jogador no top 10 e apenas seis no top 100.
John McEnroe cujo temperamento colérico de ganhador marcou uma época diz que não suporta mais a perda de uma geração no ténis americano e decidiu congregar forças no sentido de tentar levar o ténis americano ao mais alto nível. Vai abrir a sua famosa Academia, tantas vezes falada e nunca concretizada, a academia de ténis de New York. Paralelamente, o seu irmão Patrick McEnroe, director do sector de desenvolvimento e formação da USTA, tem um plano que congrega pessoas muito poderosas de todos os níveis para reformular e agir rapidamente. Vamos apoiar-nos no que temos, porque Sam Querrey joga bem, John Isner progride e Mardy Fish subiu muito após a cura de emagrecimento em que perdeu 14 Kgs, disse Patrick McEnroe. Nós temos um problema, o ténis não é considerado um desporto maior nos USA, diz Roddick, os mais jovens preferem praticar modalidades mais populares e em que podem venerar os seus ídolos. Ryan Harrison será o leader da nova geração que vamos apoiar, e vamos ver nascer 3 ou 4 como ele, porque vamos apostar em força nas universidades, disse o poderoso octogenário Bud Collins, uma verdadeira enciclopédia viva.
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