Australian Open 2013 :: Murray salienta o mental, mas admite cansaço

Melbourne (Austrália) - O escocês Andy Murray conseguiu derrotar o suíço Roger Federer numa partida de Grand Slam e muito desse feito deve-se à forma com que ele encarou a meia final desta sexta-feira no Australian Open, que durou cinco sets em quatro horas.

"Foi um jogo duro, cheio de altos e baixos. Importante ter começado bem o quinto set depois de perder o quarto. Acho que fez diferença o facto de ele ter ido ao wc depois do tiebreak. Eu tinha perdido aquele volei fácil e estava chateado, mas então tive tempo de pensar melhor e ficar numa posição mais positiva", avaliou o número 3 do mundo, que obteve então dois breaks e fechou o set por 6/2.

Perguntado se alguma vez em sua carreira ele conseguiu servir tão bem o tempo todo, ele não soube responder: "Servi muito bem hoje, com certeza, mas não sei dizer sobre isso de forma geral. Tive certamente mais hipoteses de breaks. Fiz tudo o que precisava fazer. Estou especialmente feliz com a forma que lidei com as derrotas no segundo e quarto sets", destacou. O jogo esteve o tempo inteiro com o placar a meu favor. Mas ele conseguiu lidar muito bem com isso, fez grandes pontos quando  estava atrás. Fiquei muito feliz da forma com que entrei no quinto set".

Há quatro meses, Murray enfim tirou o peso dos ombros e faturou seu primeiro Grand Slam, ao derrotar justamente Novak Djokovic no US Open. "Não sei como vai ser jogar outra final desse nível, agora como um campeão de Slam. Superficie dura é a melhor para Novak, então sei o quanto vai ser duro. Espero jogar um pouco mais do que na final do US Open. Claro que ter vencido Novak em uma final de Slam ajuda na parte mental, porém ele continua jogando extremamente bem".

Ele acredita que o piso australiano seja parecido com o de Nova York, porém a bola e o horário da partida deixam o jogo mais lento. "As bolas são mais lentas aqui do que em Nova York e jogaremos à noite, o que também diminui a velocidade do campo. Mas ainda assim está mais veloz do que antes aqui no torneio. Podemos ganhar mais pontos com o serviço e fazer mais winners". Ele, no entanto, admite que a longa meia final poderá pesar no aspecto físico: "Vou descansar o máximo que puder e jogar o mínino no sábado. Sei que vou estar cansado amanhã e que provavelmente não estarei 100% no domingo".

Sobre Federer, ele acredita que a reforma ainda está longe. "Fizemos partidas duras em Slam antes e ganhar do jeito que consegui hoje é obviamente óptimo. Tenho certeza de que faremos outras partidas de Slam e ganhar esta aqui vai me ajudar no futuro. Sobre o jogo dele, não vejo muita diferença. Ele continua batendo muito fácil na bola e ela vem rápida e cheia de spin. O slice é muito baixo. Ainda serve bem, muito bem. Imagino que o serviço é a primeira coisa que se perde quando se vai chegando ao final da carreira, mas ele continua servindo muito bem".

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