Fui posto fora sem razão alguma, diz Pedro Cordeiro em entrevista

29-10-2013 15:12

Pedro Cordeiro, capitão das seleções nacionais masculina e feminina, ficou ontem a saber ter sido dispensado das funções que exercia desde 2005, no mesmo dia em que o sorteio da Taça Davis ditou uma viagem de Portugal à Eslovénia na primeira eliminatória do grupo I da zona euro-africana, de 31 de janeiro a 2 de fevereiro de 2014.
«Recebi um telefonema do presidente da Federação Portuguesa de Ténis [FPT], dizendo que o meu ciclo acabou e que não iam renovar. Já recebi mais telefonemas de apoio hoje, do que nos últimos anos todos juntos», reconheceu o Supercapitão que, em quase uma década, levou a Seleção masculina ao triunfo em 14 das 22 eliminatórias disputadas, entre elas as 10 jogadas em casa. Em femininos catapultou a equipa do grupo III da Fed Cup para o grupo I.
«Já tive o feedback dos jogadores, que não sabiam de nada. O balanço que fica são as palavras que eles me deixaram. Respeitam-me como selecionador, mas consideram-me um amigo e é nessa qualidade que vou ficar. Agora, tenho de reconhecer que fica o sabor amargo de ser posto fora sem razão alguma», lamentou Cordeiro, explicando que vai continuar dedicado à sua escola de ténis e «mais liberto para abraçar outros projetos e, talvez, treinar diretamente jogadores.»
Nos bastidores, Nuno Marques é, há muito, um dos nomes falados para o lugar de Cordeiro.

(in A Bola)

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