Gil, Machado e Cordeiro falam do 1º dia da Davis Cup

04-03-2011 19:01

04-03-2011
 
Com as vitórias de Frederico Gil sobre Lukas Lacko (6-2, 6-2 e 6-1) e de Rui Machado face a Martin Klizan (6-4, 6-4, 1-6, 2-6 e 6-4), Portugal lidera a eliminatória, por 2-0, após o primeiro dia de competição.
 
Gil, no final da partida, fez questão de partilhar esta conquista com todos os portugueses: “A vitória é de todos e não só minha. É de Portugal. Estou muito contente pelo apoio e pela atmosfera à volta da Taça Davis. Está um espírito muito bom e é uma alegria jogar assim.” Apesar de ser dia de trabalho, o "court" central tinha muitos adeptos do ténis na assistência, quase enchendo as bancadas que fizeram questão de apoiar o jogador.
 
Quanto à sua prestação, o tenista luso considera ter feito um jogo muito bom: “O meu melhor encontro na Taça Davis. Muito consistente e sólido, e consegui ser agressivo sempre que possível. Este é o caminho que tenho de fazer sempre. Levei a lição bem estudada sobre o adversário e estive muito concentrado.”
 
“Já conhecia bem o Lacko. Tínhamos jogado uma vez em piso rápido e indoor que não é a minha melhor superfície. Acho que ele não gosta de jogar comigo. Ele gosta de atacar com a bola à cintura e eu sou oposto – fi-lo correr e tirei-lhe a bola da zona de conforto.”, concluindo a análise ao seu opositor.
 
Rui Machado, após um encontro de três horas e trinta e cinco minutos, exclamou que foi “mais que um jogo de coração foi um quinto ‘set’ de coração” destacando igualmente a “força extra que o público lhe transmitiu.”
 
“No início do terceira partida tive uma quebra de concentração, dei-lhe espaço para ele crescer. A partida virou completamente. Joguei com as armas todas no último ‘set’.” – explica Rui Machado.
 
Para realçar a carga emocional deste confronto, o tenista algarvio acrescenta: “Quando deixar de competir vou levar este jogo na memória.”
 
“Quanto ao facto de não ter assistido à totalidade do encontro de Gil: Decidi não ver os jogos anteriores, espreitei apenas. Na eliminatória anterior vi e desgastei-me imenso. Mas ainda deu para ver um Gil sólido e um Lacko sem soluções”.
 
Pedro Cordeiro, seleccionador nacional, acredita que “o balanço não podia ser melhor” mesmo tendo sido “dois jogos com histórias muito diferentes.”
 
“Gil dominou do princípio ao fim, enquanto o jogo do Rui foi muito equilibrado. O Klizan cresceu muito e meteu bolas incríveis. Tivemos de fazer um jogo psicológico muito importante para que o Rui mantivesse a determinação e a garra.”
 
Por fim, não deixou de dar uma palavra de apreço ao espírito da equipa e ao público: “Há um grande espírito de grupo. Os alunos da faculdade do Texas e o público em geral foram incansáveis no apoio e fizeram toda a diferença. Ajudou o Rui a manter-se no jogo. Espero que amanhã o central esteja composto porque precisamos de todo o apoio.”

(in FPT)

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