Jaime Oncins escreve no blog do incrível modo como Gastão Elias foi tratado na final de MacAllen

14-03-2011 18:08

 

domingo, 13 de março de 2011

Bem vindo a Peter Kasavage ¨House¨

 
Incrível, essa é a palavra de como posso descrever o que aconteceu hoje. Vou escrever sobre o jogo claro, mas  não posso deixar de comentar uma das coisas mais grotescas que presenciei ao longo de meus anos como tenista e agora treinador. Vamos começar por esse sujeito Peter Kasavage, supervisor do torneio. A função de um supervisor, como a própria palavra diz seria de supervisionar o torneio. Provavelmente se você for um dia assistir a um torneio de tênis, nem vai saber quem é este individuo, pois aparece pouco , apenas é chamado a quadra quando algo especial acontece. Alguma duvida de regra, quando um jogador se machuca entre outras coisas. O bom supervisor é aquele que não aparece muito e observa bem o que acontece nos jogos. Aqui os jogos começam da seguinte maneira. O arbitro como de costume chama os jogadores ao centro para fazer o sorteio, informar as trocas de bolas e mais alguns detalhes se necessário. Aqui além das coisas normais eles avisam os jogadores..._ Lembrem-se esta semana ¨IS PETER'S HOUSE . Até então não tinha entendido o que eles queriam dizer com isso, hoje percebi. Um sujeito autoritário, arrogante e com uma necessidade de aparecer enorme. Vamos aos fatos. Primeiro set Gastão sacando 1/2 no placar 15/15 , saca o segundo serviço e comete uma dupla falta. Odesnik devolve o saque e Gastão solta uma direita na paralela normal como acontece em qualquer jogo. Sr PETER grita de sua cadeira localizada em um canto fora da quadra... de-lhe uma advertência... A arbitra de cadeira ¨Warning Gastão Elias abuso de bola¨ não pude acreditar, nem mesmo o adversário, que sorriu achando que era brincadeira, mas como vimos estava falando serio. Depois de uma longa discussão Gastão estava com três bolas na mão e joga a bola na rede indignado, Sr PETER grita de fora ¨tira o ponto ¨, cara eu não podia acreditar, nunca vi na minha vida uma chamada dessa, um supervisor de fora da quadra ficar falando o que tem que fazer, a própria arbitra de cadeira ficou sem jeito, mas ele insistiu. Ou seja terceiro game do jogo e Gastão já tinha um penalty point, qualquer coisa mais, estaria desclassificado. Isso acaba intimidando completamente o jogador, ele simplesmente não pode fazer mais nada. Esse cara quase acaba com o jogo, Gastão perdeu completamente a cabeça, e durante alguns games não conseguia mais jogar. Não pensem que estou querendo defende-lo, porque se estivesse errado eu o criticaria duramente, e  também não perdeu o jogo por causa disso. Bom, passado esses games e depois de muita luta interior, Gastão voltou a partida , conseguiu virar o jogo e vencer o primeiro set depois de um duro Tie break. Odesnik começou muito bem o segundo e aproveitou o momento do jogo e abriu três zero com duas quebras. Gastão teve que correr atrás e de forma firme e consistente virou o jogo e impôs quatro três no segundo set.  Osdenik usou do artificio que muitos usam hoje em dia para parar o jogo, chamou o fisioterapeuta em quadra. Aconteceu o erro que custou a partida. Gastão relaxou um pouco nesse intervalo, vinha atrás de uma virada e havia conseguido, era hora de passar por cima, acabou relaxando um pouco a mente o suficiente para a virada de Odesnik 6/4 . Começou o terceiro com a cabeça um pouco baixa e já sem a energia dos outros sets, crucial numa final. 6/1 Odesnik.
Sempre falo que se aprende muito com as vitorias e mais ainda com as derrotas, temos que analisar juntos e entender o que aconteceu, para que numa próxima vez não aconteça.
Agora partiremos para Guadaloupe, temos uma longa viajem pela frente. Amanha praticamente viajaremos o dia todo, chegaremos segunda a noite para jogar na terça. Dificuldades que acontecem mas que teremos que enfrentar e buscar o melhor resultado possível. Good bye PETER'S HOUSE           

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