João Lagos em grande entrevista
23-02-2011 16:54Um português orgulhoso e defensor da pátria, assim se assume João Lagos. O empresário e ex-jogador disputou, por mais que uma vez, a Taça Davis e actualmente dirige o maior torneio de ténis português, o Estoril Open, para além de ser responsável por outros grandes eventos desportivos.
A Lagos Sport’s é uma das empresas que apoia logisticamente a Federação Portuguesa de Ténis na organização da eliminatória da Taça Davis em Portugal, de 4 a 6 de Março. O patrão da empresa, João Lagos, garante que a FPT só tem que “tocar à porta que nós respondemos imediatamente”.
“A colaboração da Lagos Sport’s com a FPT é um livro aberto! Tudo o que a nossa estrutura pode oferecer em termos de logística, sem custos para a FPT, estamos sempre disponíveis”, afirma o empresário, que encara a Taça Davis como um aperitivo para o Estoril Open no final de Abril.
“A eliminatória da Taça Davis é mais uma achega para promovermos os jogadores portugueses, vão lá estar os melhores a defender a nossa bandeira, e serão eles que nos representarão no Estoril Open. No nosso torneio, tivemos no ano passado o expoente máximo quando o Frederico Gil chegou à final. Foi um momento histórico”, diz orgulhoso.
João Lagos, fala por experiência própria, participou mais do que uma vez na Taça Davis e revela como o ténis passa, nesta competição, de desporto individual para colectivo.
“O ténis é um desporto individual por excelência e, não deixando de o ser, tem a Taça Davis que é uma das mais emblemáticas provas. O desporto individual é chamado a unir-se em representação dos países. É o único momento em que o ténis se une e se torna um desporto de equipa. É um momento fantástico sentir-se que se é um dos melhores do país e que estamos todos juntos em nome da bandeira. O espírito de equipa é mais um factor motivante na carreira de um jogador”, explica.
Para João Lagos esta eliminatória da Taça Davis tem ainda mais importância pelo facto do próximo adversário da Selecção Nacional poder ser a poderosa Suiça de Roger Federer a jogar em Portugal.
“Seria um momento excepcional! Não sabemos se o Roger Federer vai jogar nessa altura mas, caso aconteça, é mais um fortíssimo contributo para o desenvolvimento da modalidade e para a sua divulgação no nosso país”, sublinha o empresário que reconhece, ao mesmo tempo, que o Ténis nacional está no bom caminho.
“Estamos a atravessar uma das melhores fases de desenvolvimento da modalidade. Os jogadores estão com um desempenho global muito interessante – no masculino e no feminino”, diz.
Depois da Taça Davis no Jamor o cenário vai continuar montado. O Estoril Open, organizado pela Lagos Sport’s, está aí à porta e o empresário fala sempre com orgulho da “menina dos seus olhos”.
Robin Soderling (4º no ranking ATP) e Fernando Verdasco (9º) são presenças garantida mas João Lagos ainda está negociações com “mais um ou dois nomes muito interessantes” do Ténis mundial. Mas o director do Estoril Open não esconde o patriotismo e sente “enorme orgulho quando os tenistas portugueses dizem sonhar em competir no torneio”.
“O Estoril Open é a oportunidade máxima do país! Para os que já lá chegaram é o palco onde anseiam ter as melhores prestações”, garante.
Após notícias publicadas na imprensa, dando conta da iminente insolvência do grupo João Lagos Sports, o responsável assumiu estar em curso um projecto de reestruturação empresarial, mas sem pôr em causa as actividades e garantiu a viabilidade financeira da empresa.
“Magoam-me certas pessoas e atitudes mas é um magoar relativo de umas minorias. Não serão estas opiniões mais mentirosas que me vão deitar abaixo mesmo quando dizem que estou acabado. Isso não corresponde à verdade e não contribuiu para nada”, afirma.
“Não nego as dificuldades mas estamos a recuperar e não baixo nem nunca baixarei os braços. Somos bons, muito bons, e reconhecidos em termos nacionais e internacionais”, conclui o empresário.
(in FPT)
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