João Sousa: «Objetivo é manter-me no top'100»

05-02-2013 23:59

João Sousa é o número um do ténis português, mas o objetivo para esta época passa por manter-se dentro do "top 100", ao mesmo tempo que aposta numa carreira em torneios ATP. Depois de uma época "muito boa, com coisas muito positivas", em que conseguiu o seu melhor ranking, João Sousa assumiu, em entrevista à Lusa, estar "muito contente".

 

"Agora é um passo importante jogar os torneios a nível ATP, que são um pouco diferentes do que estou habituado. Vou trabalhar para poder manter-me por lá e penso que o objetivo principal é manter-me no top'100, jogando os torneios dessa categoria", disse o 88.º tenista mundial.

 

 

Mais habituado aos torneios "challengers", o português terá de acostumar-se à nova realidade, a começar já esta semana em Viña del Mar, no Chile. "Depois vou seguir para São Paulo, Buenos Aires e Acapulco, torneios em que vou estar no 'qualifying'. Depois tenho pensado ir a Indian Wells e Miami [dois Masters 1000]. É uma aposta nos torneios maiores", enumerou.

 

 

Essa aposta teve como reflexo mais imediato o encontro com o vencedor do US Open e medalha de ouro em Londres, o britânico Andy Murray, número três mundial, na segunda ronda do Open da Austrália. "Foi o jogador mais cotado com quem joguei. É óbvio que estava um pouco nervoso, joguei num dos maiores palcos mundiais, o Andy está habituado e eu não, por isso foi um pouco complicado. Dei o meu melhor, penso que até nem fiz um mau jogo, mas ele realmente jogou muito bem. Se calhar gostaria de o ter defrontado um pouco mais à frente, mas o ténis é mesmo assim", confessou.

 

 

Apesar das diferenças evidentes entre os dois, João Sousa entrou com atitude e nunca duvidou das suas capacidades, uma característica que apreendeu em Barcelona, onde vive e treina desde os 15 anos. A opção de emigrar, "muitíssimo" apoiada pelos pais, deu frutos, mais visíveis na evolução progressiva nos rankings, mas também percetíveis na atitude em "court". "Aprendi a mentalidade positiva e a garra, desenvolvi essa faceta", admitiu.

 

 

Confortável como número um luso, o tenista de 23 anos, que em pequeno admirava o espanhol Juan Carlos Ferrero, o norte-americano Pete Sampras e o suíço Roger Federer, quer manter-se por lá, não temendo, contudo, a concorrência dos colegas de seleção.

 

 

"Não gosto de competir com ninguém, o ténis é um desporto individual. Estou muito contente por ser o número um nacional, mas sei que o Rui Machado e o Frederico Gil têm nível para estar lá em cima outra vez. Se algum me ultrapassar, ficarei contente por eles", garantiu.

 

 

in Jornal Record

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