US Open, USA - Youzhny liquida Isner - comentário

O russo Mikhail Youzhny venceu o norte-americano John Isner por 6/4, 6/7(4), 7/5 e 6/4 e garantiu um lugar nos oitavos de final. De nada adiantaram os 33 ases do carrasco de Gil, John Isner, porque o russo teve muita determinação durante as 3H17' e superou o americano. Com a queda de Isner agora só restam dois norte-americanos, Sam Querrey e Mardy Fish.

O US Open 2010 tem vindo a revelar-se o mais duro, violento em termos físicos e climatéricos, de todos os Grand Slams desta temporada. As lesões e desistências sucedem-se em todas as jornadas, as mais frequentes as lesões nos pulsos e tornozelos, precisamente as zonas de mais articulações e de maior desgaste face à dureza e agressividade do piso. Llodra, ontem, por exemplo, desistiu com tonturas devido ao calor. Murray que alicerça no seu jogo a sua componente física falhou completamente neste campo ontem. A selecção dos melhores, dos mais completos, dos temporalmente mais inteiros fisicamente faz-se dia a dia. Nada está garantido. Os jogadores que deslumbram hoje, cedem no dia seguinte de forma branda, sem explicação, como Ivanovic, que vinha de uma grande vitória e "esqueceu" o seu ténis no jogo contra Kim Clijsters.

O ténis é um concentrado mental, fisíco e técnico, e se qualquer componente se estiver abaixo, as outras só muito raramente conseguem substituir. Os jogos tem que ser observados um a um, avaliados cada um por si, e o desenrolar dos mesmos não se compadece com preferências ou opiniões pessoais. O próprio público quase não interfere de modo directo no jogo. Só dois gladiadores frente a frente, diferentes no estilo e visual, mas ambos com a mesma arma nas mãos. O ténis é o desporto da liberdade. Deve ser visionado com independência.