Wozniacki joga hoje o retorno ao top mundial

Nos últimos meses, Caroline Wozniacki se acostumou a sempre jogar nas principais quadras em todos os torneios que disputava no circuito. Como número um do mundo, Rod Laver Arena, Philippe Chatrier, Central Court e Arthur Ashe Stadium, os quatro maiores estádios dos Grand Slams já eram mais do que rotina para a jovem dinamarquesa.

Desde segunda-feira, o ranking mudou para Wozniacki, mas o local de seus duelos continuou mantendo uma constante, agora no Torneio de Dubai. Porém, nesta sexta-feira, diante de Shahar Peer, a principal favorita nos Emirados Árabes terá que se contentar em jogar numa quadra secundária, e justamente o jogo que pode valer a retomada da liderança da WTA das mãos de Kim Clijsters.

A situação se explica pelo impasse que a organização árabe teve com a jogadora israelense em 2009. Como a maioria dos países muçulmanos, os Emirados Árabes não mantêm relações diplomáticas com a nação judaica e Peer literalmente "pagou o preço" com a recusa de seu visto para jogar no torneio. O evento foi penalizado pela entidade e a atleta voltou no ano seguinte, alcançando as semifinais. Hoje em dia, a atleta dispõe de seu próprio vestiário, sala de estar e é frequentemente vista na companhia de segurança reforçada, isolando-se da maioria das outras jogadoras.

Diante de tal panorama, não é surpresa que a próxima adversária de Wozniacki seja selecionada para jogar em quadras menos badaladas do complexo em Dubai. E a vice-líder do ranking sabe que o palco das quartas-de-final (Quadra 2) pode ser um fator positivo para a rival. "Em uma quadra menor, é completamente diferente. Então, terei que me acostumar rapidamente, pois ela tem uma grande vantagem lá", opinou a semifinalista do Australian Open.

Prestes a voltar ao topo do tênis, Wozniacki parece não estar preocupada com o ranking e afirmou que pensa apenas em fazer uma boa partida nesta sexta. "Para ser honesta, não estou pensando muito nisso (número um). Se jogar bem, o ranking virá naturalmente. Para mim, amanhã irei lá e tentarei jogar meu melhor. Isso é tudo que está ao meu alcance", admitiu a ''ainda" número dois do mundo.

 (in tenisbrasil)